De todas as histórias a gente pouco sabe. Mas a gente sabe bastante sobre a vida do povo, da vida do brasileiro que trabalha e quase nunca vive; apenas labuta e sobrevive.
Qualquer tipo de trabalho é digno, desde lavar um chão, varrer uma rua, ou mexer o caldeirão... Mas, rimando ou não, ninguém está imune da rotina do trabalho.
O trabalho deveria ser algo assim, onde o cidadão faz o que de melhor sabe, o que põe mais amor, e receber por isso. Um bom exemplo é um médico, que pôde escolher sua profissão, estudar pra poder exercê-la e com isso trabalha por amor pela humanidade (assim deveria ser). Outro exemplo é o professor que também está lá por opção, também estudou pra exercer sua profissão (ou ao menos deveria), e lá está ele, ensinando outros seres a tornarem-se ao menos dignos de saber ler e escrever ( e assim deveria ser )...
E por aí vai, dentre tantas profissões que existem mundo afora: publicitários, administradores de empresas, analistas de sistemas, artesãos, músicos, compositores, psicólogos, etc e tal
De alguns anos pra cá, um novo tipo de trabalho vem me chamando a atenção. São as seguradoras de placas, ou sei lá que nome que poderíamos dar para este tipo de trabalho. Bom, deixando a nomenclatura de lado, vamos pensar neste grande e vasto mercado de trabalho. Em cada esquina, existe um novo empreendimento. São prédios, condomínios de casas e outras cositas... A cada novo empreendimento, em média umas 50 pessoas são contratadas para segurar uma placa indicando o local correto. O resultado está estampado em cada esquina, em cada farol, em cada canto da cidade. A média que ganham por dia é de R$ 10,00. Algumas empresas pagam R$ 15,00, outras dão lanche, condução, enfim.... Imagine-se seis ou sete horas de pé, debaixo de um sol de rachar coco, ou de um frio de congelar nariz, parado, apoiando-se apenas em uma placa.
Como já citei, acredito que qualquer tipo de trabalho é digno, mas este, sinto muito, eu não acho. É minha opinião. Admiro muito as pessoas que estão aí pro que der e vier, pra ganhar uma grana extra, sendo assim, acho digna a atitude de segurar placa para se virar na semana. Isso, sim! Mas acho ridículo e desumano oferecer um trabalho de “segurar placa”. Entendo que hoje em dia é proibido colar cartazes, entendo que contratar as “seguradoras de placas” deve dar um excelente resultado, mas imagino que a imagem da empresa cai ao se submeter a este tipo de propaganda. Que meus amigos me chamem de fajuta e até de falida por não saber explorar comercialmente as pessoas, e eu os chamarei de bregas, de sem criatividade e sem o sentimento humano no coração. Ninguém tem o sonho ou realmente nasceu para ser sentinela da publicidade.
(Ana.)
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