terça-feira, 14 de abril de 2009

O mundo é o meu umbigo

Cego segue em frente
Sem poesia sem repente
Atropela a vida
De repente esbarra com ela pela esquina
Convicto irredutível
Prisioneiro de uma realidade ilusória
Sem idas nem vindas
Apenas empurrando com a barriga
Implorando pelo pão da vida
Não vê flores pelo caminho
Apenas estrada de espinhos
Vidas secas sem matizes sem brilho
Sedento por cores, vida
Exércitos de mortos vivos
Em declínio astral fugindo de si mesmos
Para longe do seu quintal
O mundo é o seu umbigo
Não enxerga um palmo a frente do caminho
Se vende por uns trocados
O essencial é o que pode ser tocado
Nutrindo a escória social
O que importa é o fugaz
Na capa de um dia no jornal
È o ter sobre o ser
A vida se esvai em vida
Morrendo um pouco a cada dia
Troca o moinho pelo umbigo
Perdendo o ultimo fôlego o ultimo suspiro.
(Ricardo)

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