sábado, 20 de junho de 2009

Coração Partido

Calma é mais um caso de coração partido
Eu sei a todo instante estamos correndo perigo
E quem disse que seria fácil
Que minha loucura seria perdoada
E que viveríamos felizes para sempre
Como um conto de fadas
Entra na dança se finge de criança
E diz que esta tudo bem
Muito bem meu bem
Hoje acordei tão cedo que até parece que não acordei
Como um cão sem dono me perdi no contorno
Onde foi parar minha lucidez
Sempre a perco por ai
Vou colocar na coleira pra ver se um dia respondo por mim
É assim mesmo intenso
Pretendo um dia arrumar um amor particular só para mim
Mas não pode olhar pro lado
Tem que ter muito cuidado sou sensível sim e daí
De agora em diante prometo que serei um belo galante
A sussurrar doces palavras cantantes
Só pra ter um romance inteiro pra mim.
(Ricardo)

terça-feira, 16 de junho de 2009

Humanação

Canto que acalanta o pranto
Um canto pra fazer sorrir
Um céu cinza em desencanto
Assopra as nuvens e veja o novo porvir
Uma nação se agita e levanta a bandeira da paz e da justiça bendita
Salve, salve sobreviventes do caos
Em frangalhos, do pó da vida saístes, ao pó da vida retornastes
Farol solitário ilumina esse educandário, alça o vôo livre rumo ao coletivo imaginário
Bendito sois vós humilhados pela massa de adormecidos desavisados
Algozes ferozes com os instintos desequilibrados
Sigam em frente desbravadores signatários
Inscrevam a marca do amor nos corações petrificados
Nesta nação que já nasceu com um legado
Avante gigantes acendam as lâmpadas deste palco e o deixem todo iluminado.
(Ricardo)

segunda-feira, 1 de junho de 2009

A arvore do bem e do mal

Centelhas de luz se desprendem do todo
Várias vozes nadando contra a corrente, tentando se libertar de si mesmos em um mar de lodo
Mascaras de ilusão deturpam e ofuscam a visão
Olhando para o espelho não consigo enxergar os meus olhos
As janelas da alma estão fechadas com tabuas fixadas a marteladas
Esqueço de mim mesmo, me abandono em um mundo que não conheço
Tentam a todo custo me resgatar, mas a disposição interior é frágil e sempre me perco
A minha frente encontro a arvore do bem e do “mal”
Qual fruto me pertence?
Talvez todos
A dor me ensina o valor de cada lágrima
E como uma pedra bruta, brilha após ser lapidada
Sou o meu próprio carcereiro e contemplo as mazelas da humanidade
As duras penas me reconheço, me encontro no outro e abro as portas para uma nova morada
Deixo para trás a arvore e as frutas, pego as minhas malas e finalmente volto pra casa.
(Ricardo)